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terça-feira, 22 de setembro de 2009

HEMISFÉRIO SUL BRASIL PARTE 1

O Brasil não recebe ondulações tão fortes e tão constantes como outros locais do Hemisfério Sul. O swell que atinge o Chile sobe com força por toda a costa Oeste da América do Sul, o que atinge a África também sobe raspando todo costa ocidental do continente, o que atinge a Austrália chega com força até a Indonésia. O swell que nos atinge vem meio de sudoeste e tem a tendência de ir se desviando para o meio do Atlântico, não raro, volta na forma da famosa ondulação de leste, porém, durante o inverno temos alguns dias de fortes ressacas. Os locais que eu imagino como sendo os mais radicais (vou excluir propositalmente Fernado de Noronha por achar que se trata de uma outra história) são: Cardoso no Cabo de Santa Marta ; Maresias em São Paulo; Itacoatiara e Saquarema no Estado do Rio de Janeiro.
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Cardoso - O Cabo de Santa Marta é sem dúvida um dos lugares mais constante do nosso litoral e com uma quantidade enorme de praias com picos para diferentes ondulações e ventos. Estive lá pela primeira vez no verão de 1977 e voltei nos 10 anos seguintes (o verão lá é simplesmente alucinante), futuramente descreverei todos os picos da região. A praia do Cardoso é sem dúvida a rainha do local, no verão é possível pegar ondas intermináveis de 1,0m a 2,5m, agora no inverno é que a coisa fica mesmo pesada. A algum tempo apareceu um vídeo no Waves em que um cara era rebocado para uma onda absurda, coisa de 10 metros de face. Um amigo meu que mora num costão na Galheta me contou que hoje em dia o movimento de big riders por lá é constante durante o inverno.
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Maresias - É o pico no litoral Norte de São Paulo, o desempenho de Sylvio Mancusi (clic) e outros big riders não deixam dúvidas sobre o potencial do Local. Não tenho muito o que escrever, pois não conheço muito, surfei lá apenas 01 vez.
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Itacoatiara (clic) - Sou de Niterói, a primeira vez que fui surfar em Itacoatiara era o ano de 1975 fui levado por meu amigo de Saquarema Claudio Muiller, big rider da época e fanático pelo pico, o mar devia ter 1,5m a 2,0m (com boas esquerdas no costão) estava com uma Zeca de Guaratiba 7'0" pint tail novinha, comecei a surfar andando bastante nas ondas e bem satisfeito já estava bem atirado na terceira onda com a adrenalina a mil quando no final da onda secou tudo e vaquei no quebra coco, quando levantei vi minha linda prancha em dois pedaços, esta secada as vezes da onda é uma das piores surpresas para os novatos no pico. Em 1986 construí uma casa nos arredores de Itacoatiara e passei 03 invernos surfando lá sempre que tinha onda. As duas grandes rochas que cercam a praia funcionam como uma espécie de funil, canalizando e concentrando a ondulação (imagino que a centenas ou milhares de anos atrás a lagoa de Itaipu era alimentada também através da praia de Itacoatiara), soma-se a isto o fato do local ser próximo a movimentação de águas da Baia de Guanabara (com várias correntes diferentes no local), uma bancada geralmente curta e abrupta e também um tipo de areia mais dura que a encontrada nas outras praias do estado, tudo isto acaba por provocar um onda estúpida até mesmo boçal nos dias de grandes ressacas (clic). A onda é pouco constante e geralmente curta é um drop e um tubo, entretanto, nos bons dias de 1,5m a 2,5m as ondas quebram por toda a praia, o local mais radical é o Pampo com uma linda direita grande e tubular. Houve um campeonato no Pampo se não me engano em 1985 ( com um mar de 8 a 10 pés) vencido pelo local Japão que Itacoatiara pegou de surpresa até o experiente Bocão (que foi varrido pelo pico do Pampo e teve sua prancha partida em dois já próximo as finais). Espero que em breve voltemos a ter campeonatos de Ondas Grandes no local, com certeza os melhores big riders do pais vão comparecer e os locais certamente irão se destacar.
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Na próxima postagem Saquarema (espero que minha máquina já esteja funcionando), porque, pretendo postar um clip com o melhor do "Surf Moderno" em Itaúna.
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